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quinta, 28 março de 2024

SAL E SOL

Cruz, Arlete Nogueira

320 páginas

R$ 49,00

Sinopse


Sobre "Litania da Velha": O andamento intencionalmente vagaroso, em versos longos, faz com que o leitor, sem esforço aparente, sem sentir, se vá deixando penetrar pelo poema. Este, ao mesmo tempo que mostra uma velha mendiga que perambula pela cidade de São Luís em busca da caridade alheia, indica igualmente a decadência da própria cidade, do Brasil e da civilização humana, sempre voltada para o conforto pessoal e individual, o que, de certo modo, acaba estimulando a babárie e acelerando a marginalidade. A velha mendiga é o ser humano inadaptado à vida da cidade, excluída de todo e qualquer convívio social. Assim, a cidade é cúmplice do processo de exclusão social e da decadência física e moral da mendiga, parceira de seu empobrecimento. Por outro lado, o poema de Arlete Nogueira da Cruz, muito bem expresso, com excelente domínio verbal e rítmico, é uma verdadeira obra-prima e, de fato, está longe dos valores de um poema socialmente “engajado”, graças ao cuidadoso trabalho de elaboração, que faz dele um dos melhores poemas que temos lido nos últimos tempos.


Fernando Py







Sobre "Contos Inocentes":





"Contos Inocentes" representam a soma da sensibilidade poética com a solidariedade social. A autora, Arlete Nogueira da Cruz, em poucas e escolhidas palavras, se manifesta em forma de fábulas ou alegorias. Ora realiza a narrativa de cunho moral, ora revigora as matrizes da sabedoria popular. Sua vocação, no fundo, é a do conto filosófico. Existe uma força estetizante na forma com que a escritora se propõe a reorganizar o universo. O conto "O Galo", por exemplo, executa a apologia da beleza e da justiça. "O Enigma" trabalha a hipótese da epifania, súbita iluminação que visita o ser humano, ainda que este esteja imerso na pobreza. Por vezes, Arlete alegoriza o seu território natal. Ou mesmo o Brasil, como em "Serpente e o Touro". O mais frequente é que procure o ser da beleza, da imaginação e do poder criador da palavra. "O Olhar da Rã", por exemplo, que se associa à "A Casa de Joana", que versa sobre o mundo encantado da leitura. O forte desta escritora reside também na observação da injustiça social. Daí a inclinação para a fábula ou mero desenvolvimento de um epigrama. Daí também o tom de "A Caçadora", de "O Anel" e de "A Mulher Cega", este, sim, incorporando o aforismo milenar de que a justiça é cega. Mas, sempre, Arlete Nogueira da Cruz, o elogio da beleza, da vitória da harmonia, da simplicidade e do espírito transcendente. A coletânea se fecha magnificamente com um miniconto, "A Ave", que tematiza o primado do sonho. Deste modo, "Contos Inocentes" concretizam o passeio de uma fina sensibilidade pelo mundo marcado pelo desconforto da injustiça e da violência.





Fábio Lucas







Sobre Nomes e Nuvens:





Depois de se ter firmado definitivamente como poetisa de grande fôlego em "Litania da Velha", Arlete Nogueira da Cruz, que já nos dera exemplos de sua capacidade de escritora no domínio do romance e do conto, agora nos brinda com o estudo de "Nomes e Nuvens", que é ao mesmo tempo um levantamento panorâmico das manifestações artísticas de São Luís, no amplo espaço de 1889 a 1996, bem como um elenco de considerações socio políticas sobre o ambiente em que aquelas atividades intelectuais se desenvolveram. Embora seu intuito inicial tenha sido o de catalogar, anotar e desenvolver dados sobre personalidades ilustres maranhenses, do passado e do presente, que fizeram do Estado um dos mais representativos da cultura brasileira, Arlete Nogueira da Cruz não pôde deixar de contrapor a essa riqueza espiritual o tremendo pauperismo das massas menos favorecidas que permaneceram à margem desse aflorescente aculturamento. Seu estudo contempla assim um viés sociológico em que analisa o percurso dessa cultura por meio das grandes etapas políticas que vão das oligarquias da República Velha, passando pelos governos regionais livres ou impostos, até chegar aos anos de chumbo da ditadura militar e, finalmente, à restauração dos padrões constitucionais, e é nesse quadro bidimensional que a autora avalia a obra dos maranhenses que migraram para o Sul e para aqueles que permaneceram no âmbito regional. Feita a princípio como texto de palestra, esta conferência ampliou-se com posteriores pesquisas da autora visando ao enriquecimento dos dados biográficos e dos veículos de divulgação cultural ao longo do período, o que torna este pequeno livro, modesto na aparência, mas rico no conteúdo, um elemento de consulta doravante imprescindível para se conhecer e estudar a vida intelectual do Maranhão.





Ivo Barroso



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