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quinta, 05 dezembro de 2024

EVANGELHO DOS PEIXES PARA A CEIA DE AQUÁRIO

Cassas, Luís Augusto

116 páginas

R$ 39,00

Sinopse


Esta obra poética de Luís Augusto Cassas é originalíssima! Fala do Evangelho como boa notícia, usando dois códigos só possíveis em nosso tempo: o código do inconsciente coletivo, em que vivem os grandes arquétipos que são os sonhos ancestrais da humanidade, e o código da astrologia, que fala das Eras de Peixes e de Aquário, este também um código dos grandes símbolos arquetípicos da humanidade.
Quando se fala de peixes, não se pensa em peixes, mas no seu significado simbólico. Peixes está no lugar do espírito de doação irrestrita, do amor incondicional e da compaixão, espírito este que encontrou no Cristo da fé sua suprema expressão.
Agora estamos deixando Peixes, sem perder nada de seu valor perene. Entramos em Aquário, o repositório de todas as águas, aquelas que tudo geraram e de onde veio também a vida. A vida quer mais vida. Por isso Aquário representa a solidariedade universal, caminho que leva à plena realização o processo da individualização humana. Unindo Peixes com Aquário, encontramos aquilo que Luís Augusto chama, com razão, de a revolução da compaixão. É o tempo a se inaugurar.
Sua poesia e suas metáforas devem ser entendidas neste transfundo mítico-simbólico-arquetípico. A mensagem nasce da ecologia profunda e espiritual: agora daí notícia ao povo / quem não assumir o lado peixe / não nascerá de novo. Num outro momento, interpela: lavai as águas humanos / santificai o profano / seremos o que sempre fomos / gotas do mesmo oceano. Ponto alto de sua produção poética é seguramente o Elogio da delicadeza: Onde encontrá-la? / Está não estando / ─ cuidando dos filhos – / (...) com suas mãos de fada / jamais nos fascina: / alivia-nos a queda / reenvia-nos pra cima. O sonho final deste evangelho se traduz nesta conclamação: afogai em lágrimas / os sonhos de guerra / transmutando em água / o sangue da terra / desfraldai às eras / a terra prometida / com o sal da terra / e a água da vida.
Seu discurso poético revelando universalidade vem revestido com os peixes, as águas, os rios e o universo ecológico do Maranhão, conferindo especial singularidade ao seu texto, conjugando, com felicidade, o local com o global. O novo salmista e o seu
aquário de preciosidades ─ Frei Betto não sei se louvo aqui o talento poético de Luís Augusto Cassas, evidente nessas páginas, ou se assumo a postura reverencial de quem se depara com um novo salmista.
Evangelho dos Peixes para a Ceia de Aquário é uma obra de profundo vigor literário e qualidade estética primorosa. O autor literalmente nos convida a um mergulho nas raízes maranhenses que cada um de nós traz dentro de si: que o homem / peixe é / na enchente de sua fé.
Se o poeta-salmista assume aqui que a sua profissão é ser peixe, na precisão do verbo ele resume, como toda boa poesia, seu intuito, como se imbuído não de uma missão, mas de uma vocação inelutável que brota da mais primeva saudação: Minha profissão é ser peixe: nadar nas águas do inconsciente coletivo, fazer emergir a compaixão.



O dizer do poeta é sempre recorrente. Como se o exclamar trouxesse toda suficiência do falar. Então, as palavras tornam-se pedras cuidadosamente lapidadas, de modo a revelar tão somente o brilho de significados, sem fraseamento perdulário, nem as amarras da razão a impedir voos. Meu nome é cristo-lampião / do sertão da dor / vingança: fazer o bem / e semear o amor.
Eis um livro manifesto, um hino à vida, sem concessões à rima fácil ou aos jargões que traem a identidade poética.
Irmãos do planeta / vençam a correnteza: / antes que a vida crie / fundo de combate à tristeza / salvem a natureza / assim seja.
Luís Augusto Cassas demonstra, neste aquário de preciosidades, ter atingido a maturidade literária, sem se deixar levar pelo formalismo em voga dos que nada têm a dizer e pensam que as palavras foram feitas para ter som e não sentido.
Evangelho é o título apropriado para essa salmodia. Significa boa nova. Aqui, a novidade é ótima. E salutar.



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